NOTA: Esta análise às equipas do campeonato é meramente pessoal e naturalmente reporta-se exclusivamente a resumos de jogos e umas quatro dezenas de jogos completos. Por esse motivo, não poderá ser visto como algo muito exaustivo e obviamente é passível de discussão até pela subjectividade destas questões. Ainda assim os parabéns a todas as equipas pelo esforço e dedicação e até para o ano.
Análise Equipa a Equipa
1º - A Académica de Leça:
Apesar de acabar o campeonato em decrescendo não se pode retirar mérito à equipa de Leça da Palmeira na conquista deste título.
Uma primeira volta a todos os títulos extraordinária permitiu encarar a segunda volta com maior tranquilidade e até perder alguns pontos inesperados.
A equipa mais equilibrada nos dois processos do jogo (defensivo/ofensivo) e que vale essencialmente pelo colectivo.
2º - Rio Ave FC:
Cumpriu o objectivo da época ao garantir a subida de divisão. Acaba a época como segundo melhor ataque e melhor defesa dando mesmo a ideia que se o campeonato tivesse mais jornadas acabaria por roubar o primeiro lugar à Académica de. Leça.
Equipa também muito equilibrada a defender mas especialmente entusiasmante a atacar.
Destaque individual para o nº 3, muito bom táctica e tecnicamente e com um forte pontapé.
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3º - AD Modicus Sandim:
Um dos grandes candidatos à subida acaba por ficar fora desse objectivo. Equipa, tradicionalmente, com boa “escola” mas particularmente débil no aspecto psicológico o que fez perder muitos pontos com equipas teoricamente mais fracas.
Destaque individual para o nº 10, muito forte tecnicamente.
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4º - AM Lomba:
Chegaram a sonhar com a subida mas acabam a época a vinte pontos desse objectivo. Ainda assim, não era um dos grandes candidatos e por isso acaba por fazer uma óptima época.
Equipa que ataca bem melhor que defende e ao não conseguir equilibrar esta balança está a justificação para não estar mais acima na tabela classificativa.
Destaque individual para o nº 9. Um dos jogadores que mais aprecio do campeonato especialmente a jogar em espaços curtos/interiores/ofensivos onde mais se destaca a sua qualidade técnica.
5º - União Custóias FC:
Outros dos candidatos ao título que acaba por falhar redondamente o seu objectivo. O seu principal defeito é idêntico ao do Lomba: equilíbrio entre atacar e defender sendo que aqui esse facto é ainda mais evidente uma vez que se trata do melhor ataque da competição (141 golos!) e da nona pior defesa (97 golos sofridos).
Portanto, ofensivamente trata-se de uma equipa deslumbrante que, quanto a mim, deveria estar mais acima na tabela.
Difícil e talvez injusto destacar individualmente um jogador tal a capacidade técnica de cada um, ainda assim, a escolha recai no nº 9 (penso que não terá jogado a época toda com este número).
6º - Iniciação D. S. Roque:
Talvez a equipa sensação da prova (Académica de Leça à parte). Na primeira volta era já uma equipa muito forte a atacar mas não conseguia defender com a mesma eficácia. Na segunda volta rectificaram esse aspecto e subiram ainda mais na classificação. Acaba a época com 113 golos marcados.
O destaque individual vai para o camisola 17, jogador esquerdino, com boa técnica e qualidade de passe.
7º - Balio Futsal C:
Até à primeira parte da segunda volta ainda alimentavam hipóteses de subir de divisão, a partir daí, por razões que desconheço, acabou por baixar muito e esta classificação acaba por “saber a pouco”.
Equipa que se destacava pela capacidade física e de trabalho.
Destaque individual para o nº 8, jogador de grande entrega ao jogo e muito forte na finalização.
8º - GD Os Amigos da Cave 94:
Equipa com um cinco base bastante forte mas com poucas opções de qualidade idêntica no banco de suplentes o que talvez explica as constantes oscilações de forma evidenciadas ao longo da época.
Ainda assim, acaba a época com um bom resultado e uma classificação positiva.
No plano individual o destaque vai inteiramente para o nº 13 que, na minha opinião, a jogar como pivot é o melhor do campeonato.
9º - Real C. Senhorense:
Para analisar esta equipa é preciso dividi-la em duas partes: antes da saída de Axel para o Freixieiro e depois da saída. Enquanto Axel esteve na equipa o Senhorense podia vencer qualquer adversário devido à qualidade extra (comparativamente com todos os outros jogadores do campeonato) deste jogador. Depois da saída de Axel a equipa demorou a encontrar-se mas acaba por fazer um bom campeonato.
Individualmente, Axel à parte pois trata-se também de um jogador à parte, o destaque vai para o guarda-redes da segunda metade do campeonato, nº 12 dono de grande elasticidade.
10º - Jaca FC:
Equipa com tradição nesta divisão pautou-se, sempre, por descrição e eficácia no seu jogo. Não sendo uma equipa brilhante acabou por conseguir ficar na primeira metade da tabela e alcançar alguns bons resultados.
O destaque individual foi o nº 7, jogador com muita técnica mas que, por vezes, se perder em individualismos excessivos.
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11º - J. D. Gaia:
Talvez a grande desilusão da época. De candidato à subida acaba na segunda metade da tabela. Equipa individualmente forte mas com um colectivo que nunca demonstrou capacidade para grandes voos, especialmente no que diz respeito ao espírito de sacrifício quando era necessário fazer face às adversidades.
O destaque individual da equipa foi o nº 10, jogador de grande qualidade técnica e boa finalização.
12º - SC Arcozelo:
A equipa sensação da segunda volta. Na primeira metade da competição parecia condenada aos últimos lugares, no entanto, apareceu muito melhor no período seguinte (possivelmente com novos jogadores), destacando-se a capacidade finalizadora e atitude combativa empregue em todos os lances do jogo.
No que confere a individualidades, destaco o nº 7 pois penso que personifica bem esta mudança de atitude da equipa.
13º - J. D. Guifonense:
Não querendo ser injusto, esta pareceu-me a equipa, juntamente com o Grijó, que menos soluções individuais/colectivas apresentou. No entanto, ao contrário da equipa de Gaia, conseguiu suprir essa debilidade através de muita entrega acabando por fazer um bom campeonato o que merece ainda maior destaque e louvor para os seus jogadores e equipa técnica.
Individualmente chamou-me especial atenção o nº 11, jogador rápido e com muita verticalidade no seu jogo.
14º - A. D. C. Santa Isabel:
Equipa muito inexperiente, com quase todos os jogadores de primeiro ano de Júnior e com poucas épocas de Futsal. Esta lacuna ficou bem evidente nas primeiras jornadas do campeonato. No entanto, melhoraram e acabaram a primeira volta entre os dez primeiros. Houve, todavia, outra lacuna que nunca foi resolvida, a finalização, acabando esta por ser uma das grandes responsáveis pela classificação não ser melhor.
Apresentou, quase sempre, bons princípios tácticos e defensivos acabando como a nona melhor defesa do campeonato.
Individualmente, por personificar esses bons princípios da equipa referidos anteriormente, destaca-se o nº 13. Capitão de equipa, muito forte a defender no um-para-um e inteligente tacticamente.
15º - Paraíso S. C. Foz:
Quem via esta equipa na primeira volta e início da segunda antevia que lhe estava destinado um dos dois últimos lugares da classificação.
A partir de meio da primeira metade da segunda volta esta equipa melhorou muito, especialmente a sua capacidade finalizadora, o que explica esta classificação.
O destaque individual vai para o nº 2, jogador com razoável remate e agressividade (positiva).
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16º - A. R. C. D. Junqueira F. C.:
Outra das grandes decepções da época de uma equipa já com algum cartel no futsal. Passou grande parte da primeira volta segurando a “lanterna-vermelha” e isso acaba por ser determinante para esta classificação.
Na segunda volta melhoraram bastante, chegando a alcançar alguns bons resultados.
No plano individual o destaque vai para o camisola nº 11 da segunda volta por ser um jogador especialmente forte nas transições.
17º - U. C. Regatas Flamengo:
Mais uma grande decepção do campeonato. A primeira volta não fazia antever um campeonato tão fraco mas na segunda volta o Regatas foi das equipas que menos pontos conquistou.
Equipa lutadora mas que não conseguiu materializar essa característica em pontos.
O destaque em termos individuais vai para o guarda-redes da segunda volta, nº1, que apresentou grande elasticidade e bom jogo de pés.
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18º - C. J. Malta:
Foi uma equipa que andou sempre pelos lugares mais baixos da classificação e por lá acabou. Apesar de ser uma equipa lutadora faltou alguma capacidade técnica. Destacava-se ainda por ser uma equipa que realizava muitos remates por jogo especialmente o seu camisola nº 2 que foi, também por isso, o maior destaque da equipa.
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19º - G. D. C. St.º António de Grijó:
Desde cedo se percebeu que se tratava de uma das equipas com mais debilidades, especialmente ofensivas, no campeonato. Por isso o último lugar acaba por surpreender. Era, no entanto, uma equipa que quando marcava primeiro podia complicar a vida aos seus adversários pois com muita abnegação acabava por defender razoavelmente bem.
O destaque individual, e um dos responsáveis pela razoável capacidade defensiva, vai para o guarda-redes nº 12.
Por Nélson Costa
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