Dar mérito a quem o tem
São conhecidos vários casos de treinadores a quem se lhes depara uma oportunidade de treinar clubes de prestígio e com sérias ambições de subida e que depois, por motivos vários, se vem a verificar que não a souberam aproveitar.
Porém há também casos em que esses mesmos treinadores souberam justificar a aposta de risco que neles foi feita e conseguem alcançar os objectivos que lhe foram propostos.
Estou a pensar numa equipa que, legitimamente, no início da época ambicionava subir de divisão.
No decurso da época alturas houve em que os resultados não foram os esperados, havendo então alguns problemas no seio da equipa, chegando o treinador a ser posto em causa. Parecia então que seria preciso mudar de treinador para a equipa mudar de atitude.
Isso não veio a ser necessário.
Pareceu que, de início, o treinador tentou encontrar um equilíbrio entre o individualismo e o colectivismo, com alguma inclinação para os atletas mais individualistas. Contudo, com o andamento dos jogos, encontrou o tão desejado equilíbrio entre colectivismo e o individualismo. Também corrigiu algumas opções. Com isso os resultados apareceram e o clube subiu na classificação e chegou, merecidamente, ao topo.
É que nenhum treinador pode dar talento a um jogador mas pode ajudar a retira-lo.
Agora, é preciso dizer claramente, há duas formas de olhar para um clube campeão anunciado: ou deprecia-lo insinuando algo obscuro na obtenção das vitórias ou sublinhar-lhe o mérito.
É esta última a opção correcta.
Não há milagres. Há que dar mérito a quem o merece, neste caso concreto, ao seu treinador.
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