sábado, 9 de julho de 2011

Tempo Morto por Óscar Rosas

Entrevista a Aníbal Fernandes
Retomamos hoje a rubrica “Tempo Morto” entrevistando Aníbal Fernandes, um dos rostos da arbitragem distrital da AFP, que agora terminou a carreira de árbitro dado atingir o limite de idade.
Foi um dos mais persistentes e dos que mais afinco dedicou a uma carreira, sempre difícil como é a de árbitro.
Foi subindo a pulso até atingir o topo da arbitragem distrital.
Vamos à entrevista.
Óscar Rosas [OR]: Terminaste a carreira por atingires o limite de idade. Na generalidade concordas com os 45 anos como limite deidade para se poder estar no activo?
Aníbal Fernandes [AF]: Concordo que tem de haver um fim para tudo. Quanto à idade? Os 45 anos não são iguais para todos os árbitros. É uma idade subjectiva. Aliás há Associações distritais em que a idade limite é superior. Mas na AFP existe excesso de árbitros pelo que se podem dar ao luxo de fazer esta limitação por baixo.
OR: Sentes-te ainda com capacidades físicas e mentais para continuar a dirigir jogos a alto nível?
AF: Sinceramente acho que sim. Só a motivação será menor devido a sentir que a carreira está a terminar.
OR: Quais as melhores recordações que guardas de todos estes anos de arbitragem?
AF: A nível desportivo há um jogo que recordo. Para sempre. Um jogo de juniores entre o Freixieiro e o Boavista, há alguns anos atrás, em que fazia dupla com o meu colega André Costa, com o pavilhão repleto, o resultado incerto até ao fim, ambiente fantástico, correcção de todos, arbitragem sem problemas, Memorável. Mas o que me deu mais prazer foi contribuir para o “crescimento” de vários árbitros, maioritariamente jovens, que comigo fizeram parelha, como o Arnaldo Andrade, o André Costa ou mais recentemente o Bruno Silva, a quem auguro grande futuro.
OR: Que análise fazes do presente momento da arbitragem?
AF: A nível técnico os árbitros têm boas condições para evoluir. Contudo não me parece que nestas últimas fornadas de árbitros haja muitos quadros de grande potencial. Gostaria de estar enganado, mas não creio nisso.
OR: Vais manter-te ligado à arbitragem? Se sim em que funções?
AF: Penso que sim. Fui já convidado, para já de forma informal, para ficar como observador, convite que, em princípio, irei abraçar com grande entusiasmo.
OR: O que nunca compreendeste na arbitragem?
AF: Nunca compreendi o que leva um árbitro a “vender-se” trocando a sua integridade por uns míseros trocos. É para mim incompreensível.
OR: Aníbal, obrigado por esta entrevista e felicidades para o futuro.

2 comentários:

  1. Abraço para si Aníbal, felicidades e parabéns em especial pelo bom senso que sempre demonstrou, a par da capacidade que lhe é devida
    Bem haja,
    David Gonçalves

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  2. Excelente árbitro, muito coerente nas suas decisões, bastante acertivo e acima de tudo excelente pessoa, com boa capacidade comunicativa.
    Felicidades para a nova função!

    Cumprimentos
    Ricardo Vilela

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