Com os olhos na Final - Pedro Mota

Entrevista com Pedro Mota

Iniciamos hoje uma série de entrevistas com todos os treinadores que disputarão as mais diversas finais dos campeonatos Distritais e Taças da Associação de Futebol do Porto, iniciamos com Pedro Mota, técnico dos juvenis da A. C. R. Santa Cruz do Douro que venceram a Série 2 da 2.ª Divisão.

Futsal-Porto-Distrital (FPD): A tua equipa surpreendeu muita gente com a performance que evidenciou no campeonato, a surpresa foi só para os de fora ou também foi dentro do clube?

Pedro Mota (PM): Digamos que em relação a esta pergunta temos duas situações. Existia inicialmente para os adeptos em geral e equipas que nos costumam defrontar uma opinião de que a nossa equipa era bastante boa e muito competitiva. Não esperariam era esta performance que tivemos, isso é capaz de os ter surpreendido um pouco.

Para nós, grupo de trabalho, o nosso objectivo inicial foi sempre o mesmo: conseguir o primeiro lugar. Tínhamos este objectivo concreto devido a várias situações: a equipa é experiente, pois já tem cerca de seis anos em competição. Há 2 anos atrás tínhamos conseguido o segundo lugar em Iniciados, o que nos garantiu a subida de Divisão. Por último, a enorme qualidade individual e colectiva dos atletas à minha disposição. Aliando isto tudo a termos instalações próprias, o que nos permite rentabilizar muito bem os nossos treinos, tivemos todas as condições ao nosso dispor para concretizar o objectivo traçado inicialmente que era o de sermos primeiros classificados na Série 2.

(FPD): Como classificas a prestação dos teus atletas?

(PM): A prestação dos meus atletas foi excepcional. Tive e tenho ao meu dispor uma equipa muito disciplinada, em que durante toda a época desportiva não tivemos uma única expulsão. Em segundo lugar, trata-se de miúdos que praticam futsal sobretudo por um grande prazer em jogar este desporto. Também são miúdos que optam sempre, e em primeiro lugar, por estudar em vez de pensarem só no Futsal. Este clube tem como regra acompanhar as notas de todos os atletas, e eles sabem que, sempre que tenham de estudar, em primeiro lugar têm esse dever e só depois pensam no Futsal.

(FPD): Como classificas o apoio directivo?

(PM): A Direcção deste pequeno clube tem sempre prestado todo o apoio necessário ao nosso sucesso desportivo. Dentro das limitações financeiras existentes, que como é óbvio, todos os clubes as partilham, temos conseguido ter todas as condições necessárias a um bom trabalho que esta modalidade nos exige.

(FPD): Qual o conhecimento que tens do adversário da Final (G. D. C. Cohaemato)?

(PM): Em termos concretos, não conheço nada do nosso adversário. Conseguimos ter acesso a um vídeo que encontramos na Internet, e nada mais do que isso. Mas como já temos alguma experiência nestas situações, qualquer adversário não se pode estudar ou tirar conclusões apenas por uns breves minutos de visualização. Sabemos, isso sim, que se trata de um clube com enorme historial no Futsal, principalmente nas camadas jovens, e que terá concerteza uma enorme qualidade, pois qualquer equipa que consegue um primeiro lugar no final de uma prova organizada, como é este o caso, terá sempre muita qualidade individual e colectiva.

(FPD): Quem é o favorito na final? E porquê?

(PM): Em termos de favoritismo, reparto as coisas para 50/50. Ambas as equipas têm a ambição de vencer, e acho que a vitória tanto pode acontecer para um lado como para o outro. Nesta modalidade, o Futsal, os jogos são muito intensos e de uma enorme carga emocional do primeiro ao último minuto, e o resultado poderá pender tanto para uma como para outra equipa. Iremos tentar vencer, mas se não conseguirmos, o nosso principal objectivo da época foi conseguido.

Considerações finais:

Pedro Mota: Para finalizar, desejo a todos os intervenientes no jogo a realizar para que, e em primeiro lugar, se divirtam e aproveitem ao máximo este dia que será concerteza recordado por todos durante muito tempo, e que no final, independentemente da vitória sorrir para um lado ou outro, todos se tenham empenhado ao máximo num espírito de amizade e fair-play que todos queremos nesta modalidade.